Brasília, Niemeyer e a praça da discórdia
Brasília discute a mais nova idéia do arquiteto Oscar Me-acho-dono-de-Brasília Niemeyer. Que me perdoem os adoradores e bajuladores, mas já passou da hora de deixarmos de lado a noção de que ON é dono de Brasília e que temos que construir tudo o que ele põe no papel. Estão chamando essa praça por aqui de "presente de Niemeyer para Brasília". A única coisa realmente que presta nessa idéia absurda é o estacionamento subterrâneo para 3.000 veículos. A impressão que tenho é que ON, ao passear pela cidade não reparou que uma das principais distorções do plano original materializa-se na forma de dezenas, se não centenas de carros que fazem uso da Esplanada como estacionamento. Brasília tem carro demais, e basta uma passadela pela Esplanada dos Ministérios em dias da semana, entre 8 e 18 horas para se confirmar isso. Carros enfeiam a Esplanada, sêo Oscar. A solução? Já foi sugerida, na forma de estacionamentos subterrâneos, sob o canteiro central da Esplanada, mas os órgãos de proteção ao patrimônio dizem que vai descaracterizar o projeto original, blá, blá, blá. Será que o grande arquiteto não conseguiria bolar uma entrada que ferisse o mínimo possível o projeto original? E por que não entregar tal projeto à iniciativa privada?
Brasília precisa mesmo de um obelisco de 100m de altura e um edifício dedicado aos ex-presidentes? Brasília precisa mesmo de mais concreto? Ou será que já não é hora de soluções inteligentes e que tragam efetivos benefícios à população?
Comentários
Agora, mais concreto? Pela "maquete", essa praça deveria ter mais árvores.