Uma pérola no cerrado mineiro

Muita água rolou desde o último post. Muita água e muita sujeira, muita angústia, raiva, decepções.
Em agosto de 2020 tivemos Covid, eu e minha adorada melhor metade. Ela teve mais fraquinha, e eu tive uma patada acompanhada de sinusite e fiquei bem detonado. Não é uma gripezinha, a propósito. Passado o susto, ainda tínhamos umas férias marcadas, mas com restrições para todo lado e nós ainda com bastante receio - a pandemia não tinha atingido seu auge ainda, pouco se sabia sobre a doença e nem sinal de vacinas, hoje sabemos por quê. 

Decidimos que voar estava fora de cogitação e precisávamos de um lugar não muito distante para irmos de carro. Decidimos por um hotel fazenda, n´algum lugar em Minas Gerais. Depois de pesquisar um tanto, escolhemos o Arraial do Conto Hotel e Lazer, em Cordisburgo, terra de Guimarães Rosa. Distante 654 quilômetros de casa, sendo destes, quatro em estrada de terra. O Hotel fica na Fazenda Taboquinha e, à primeira vista, pode-se pensar tratar-se de uma antiga fazenda em que as construções que antes abrigavam funcionários viraram as confortáveis acomodações que vemos hoje. Mas nada disso.
Ao chegar ao Hotel depara-se com a reprodução de um vilarejo, com sua rua principal ladeada de casinhas em arquitetura tradicional, coloridas, e que termina na praça da matriz.


Cada uma dessas casinhas abriga quatro apartamentos para até 4 pessoas. São rústicos mas também confortáveis, com ar-condicionado, internet wireless, ducha com aquecimento central, TV, frigobar, entre outras amenidades. Há uma saleta que imita a sala de estar de uma casa tradicional, cum uma imitação de fogão a lenha - com chaminés de verdade - e um lavatório com cuba de cobre. A pensão aqui é completa, com quatro refeições ao dia - bebidas à parte. Há uma pizzaria com forno à lenha que abre em alguns dias da semana à noite.


Um passeio pela propriedade rende algumas horas bem agradáveis, começando pela horta, de onde sai boa parte dos legumes e verduras consumidos no restaurante, passando pela fazendinha, com patos, galinhas, cavalos, vacas, cabras e outros animais e que faz a alegria da criançada. Há uma represa e um açude, com caminhos que os ladeiam. Mais próximo da entrada, há um alambique. A propriedade ainda tem 3 piscinas aquecidas e sala de jogos. Dois pavilhões com quartos adicionais foram adicionados, em estilo colonial, mas um pouco mais requintados que as casinhas da entrada.


Este local foi perfeito para o que precisávamos. Dois anos depois, exatamente, retornamos, na volta de uma viagem de moto a Belo Horizonte. Nada mudou por aqui. Continua bastante agradável e popular principalmente para quem vive na região e busca um local acessível e tranquilo. Muito popular, inclusive, entre famílias.

Esta cobertura foi adicionada recentemente e emula uma antiga estação de trem, com uma belíssima treliça de ferro, relógios e luminárias em estilo antigo. Aqui fica o bar da piscina, e ao fundo, o restaurante.


A piscina principal, de borda infinita, é um convite ao ócio, sobretudo na época em que fomos, setembro, auge da seca.
Daqui aproveitei para visitar a Gruta do Maquiné, que não havia podido visitar em 2020, por estar fechada pela pandemia. Mas isso é assunto para outro post.





Comentários

Postagens mais visitadas