Península de Maraú

Com cerca de 820km² e mais de 40 quilômetros de praias, a Península de Maraú pertence à APA (Área de Proteção Ambiental) de Maraú. Maraú significa algo próximo de "Rio do Homem Branco".
Salpicada de lagoas, cortada por rios, com fauna e flora abundantes, a Península enche os olhos e desperta os sentidos.
Photo by Bia

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 Ainda há muito a ser explorado em Maraú, o que esperamos não aconteça. Com vegetação típica costeira e de manguezais, há muita área nativa. Apesar de alguns milionários já terem descoberto o lugar - inclusive uma grande empresa que tem planos para um resort e para o pequeno aeroporto do lugar - a dificuldade de acesso ainda mantém longe os oportunistas e turistas de Instagram. Mas por toda a parte é possível ver a sombra da especulação, com placas de loteamento, de condomínios e a proliferação de lojas de materiais de construção. Segundo um morador e empresário, Arraial d´Ajuda é um exemplo de que na Bahia, se se der abertura, a coisa sai do controle e eles não querem isso para Maraú. Podemos esperar algum aumento na "exploração" do lugar, pois ficamos com a impressão de que a associação dos moradores não tem muita força.
Fizemos um passeio de quadriciclo pela região. Tínhamos esperança de tomar um banho numa das famosas lagoas, como a Azul e a do Cassange, mas ambas foram muito afetadas pela seca e estavam com os níveis muito baixos.
A Lagoa Azul tem esse nome porque é essa a coloração que se vê de certos ângulos e em determinadas épocas do ano.
Não estava nada azul nesse dia.

A Lagoa do Cassange também com o nível de água baixíssimo.
A Trilha das Bromélias é muito bacana. Tem esse nome porque é ladeada de bromélias gigantes, algumas aboletadas em árvores que parecem estar prestes a ceder sob seu peso a qualquer momento.




Igualmente bacana é a vista do Farol de Taipú. A subida é íngreme e difícil mas vale a pena, principalmente, nos disseram, no fim do dia.



Carros comuns não sobem este morro, nem tente se não tiver um veículo com tração 4x4 ou esteja de quadriciclo.
As prometidas piscinas naturais de Taipu de Fora não se formaram completamente, culpa da fase da lua. Mesmo assim, passamos um pedaço da tarde ali e consegui até fotografar uns peixinhos.


Bastava ficar quieto na água para ser rodeado por um cardume desses danadinhos.
Neste dia almoçamos em Taipu de Dentro, vila de pescadores bem conhecida pela sua tranquilidade e comidas típicas. As águas aqui são bem parecidas com as de Barra Grande, tipo piscinão.


Nem os quadris suavizaram a desgraceira das estradas da região. Pelo menos não era nosso carro.
Falando nas estradas, ouvimos de locais que o governo do estado já teria tentado obter o controle da BR030, bem como a responsabilidade pela sua manutenção.
Ficou bem claro que há muito interesse na região e nem todo esse interesse é lá muito pró-moradores/conservacionista.
Uma última dica: faça o transfer de Ilhéus a Camamu e de lá tome as lanchas rápidas, caso não queira colocar seu carro na bagaceira ou não precise dele enquanto estiver por aqui.
Há variados e bons (ainda que caros) restaurantes na região, vale a pena explorá-los.

Outros pontos que valem a menção:
O ponto onde o Rio da Serra faz seu encontro com o mar. Aqui há o Rô Gastronomia. Boa comida, mas cara. Tem a frente para o rio e uma estrutura na praia, atrás.

A Ponta do Mutá ao fim do dia, dizem, é local imperdível. Passamos por aqui numa caminhada matinal.


E, evidentemente, não deixe de vagar sem rumo pela vila.






Então, bora lá para Arraial?

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