2016

Entre tantas coisas sobre as quais escrever estou com vontade de escrever sobre nenhuma. Digo com sinceridade: tudo o que tem acontecido no mundo em 2016 me dá preguiça. Na verdade, não. O que me dá mais preguiça é a enxurrada de opiniões de especialistas de facebook, contra, a favor, neutras. Com todas, vem um caminhão de imbecilidades que nos deixa de queixo caído. Não gosto de polêmicas, assim, evito me envolver em discussões que não levarão a lugar algum. Na política brasileira, por exemplo, tenho amigos de todos os lados. Gente a quem considero muito, mas que tem opiniões bastante divergentes. De alguns consigo discordar abertamente, de outros, prefiro ficar na minha.
Não votei na Dilma, mas não concordei com a maneira como o impeachment foi conduzido. O governo dela estava insustentável, verdade, mas a alternativa até agora não foi melhor. Aliás, a alternativa lá atrás, na eleição, não era melhor, como todos sabemos. E o que muitos parecem não entender é que o problema maior é o Congresso, podre até os alicerces, aproveitou de todas as oportunidades para esculhambar ainda mais a situação toda, enquanto as "ruas" pediam "Fora, Dilma".  E sabemos que a renovação não virá, pois os mesmos coronéis conseguirão se reeleger. Paneleiros sumiram, os patriotas de camisa da CBF também. Até os bizarros pró-militarismo deram uma sumida.
A Lava-Jato é uma operação inédita em seu escopo e alcance, mas arbitrariedades não deveriam ser admissíveis. Pior é a enxurrada de denúncias contra outros setores da política, que parecem simplesmente ignoradas.
Racismo, terrorismo, pedantismo, ignorância, tragédias, incompetência, soberba, desdém, teve de tudo este ano e em demasia.
Então digo, chega, né? Boas festas e que 2017 não seja tão ruim e venha com alguma luz no fim do túnel. Ou será melhor desejar que o túnel não seja tão longo?

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