Mais um país, mais uma missão
Estou na estrada de novo, crianças. O trabalho me trouxe desta vez ao Haiti, pedaço de ilha no Caribe que já passou por poucas e boas, como ditaduras sangrentas e catástrofes naturais. Já esperava encontrar desorganização, miséria e confusão. Como qualquer país pobre, há um lado mais colorido na paisagem cinza. Estamos em Petion Ville, bairro mais abastado da capital Porto Príncipe. Aqui as ruas estão em melhor estado, há casas muito bonitas e grandes espalhadas pelos morros - e dividindo esses morros com favelas, isso lembra algo? - e muitos, muitos SUVs. A proporção é de um automóvel normal para uns cinquenta SUVs. A razão disso? Pode ser a geografia da região, pode ser o fato de as ruas estarem destruídas, ou simplesmente porque são veículos mais indicados para o local. Como em muitos países na mesma situação, há uma parcela da população que não parece passar pelos mesmos problemas, que ostentam seus carrões enormes e novinhos para lá e para cá, parecendo ignorar as massas de gente que vende qualquer coisa na rua para continuar vivendo.
O haitiano, colonizado por franceses, fala francês, mas dá preferência para o creole, língua que mistura o francês com dialetos locais e soa como francês mal falado. É um povo simpático, trabalhador. A impressão que se tem pelas ruas da cidade é que ninguém fica ali à toa, todo mundo está se virando como pode. Uma vez até agora vi uma mulher com os filhos a tiracolo pedindo esmola. Isso não quer dizer que não haja miséria, ela é patente. A foto acima ilustra bem: no morro, mais à esquerda, casas modernas e grandes dividindo espaço com a favela. Nessa foto não é possível ver, mas a cor dessas casas é cinza, pois foram reconstruídas recentemente. Há uma porção da favela que é toda colorida.
Há tantas motos quanto há SUVs. Na grande maioria são táxis. Capacete é algo raro de se ver e estão quase sempre desafivelados. Dizem que há algum tempo o governo tentou tornar obrigatório o uso do equipamento. Não deu certo.
Comunicações parecem funcionar bem e vê-se muitos carros de organismos internacionais e ONGs que trabalham na reconstrução do país. Usar cartões de crédito e de débito aqui não é o problema que foi em Cuba. No lobby do hotel em que estou hospedado pude realizar um saque de minha conta no Banco do Brasil de Miami sem o menor problema.
Já fui a um supermercado nesta região - há vários deles - e não há escassez de qualquer coisa.
Perdi minha virgindade com relação a malas perdidas. Desde que comecei a viajar por esse mundão, no longínquo 1995, isso nunca tinha acontecido comigo. Uma de minhas malas não chegou, mas a American Airlines, que presta um servicinho horroroso nas linhas entre o Brasil e os EUA e o Caribe, com aviões velhos e staff de segunda linha, encontrou a mala e a enviou no voo seguinte. Só não entregaram no Hotel, o que seria normal.
Bem, essas são as primeiras impressões. Mais em breve, pois ficarei por aqui mais 93 dias.
Inté.
O haitiano, colonizado por franceses, fala francês, mas dá preferência para o creole, língua que mistura o francês com dialetos locais e soa como francês mal falado. É um povo simpático, trabalhador. A impressão que se tem pelas ruas da cidade é que ninguém fica ali à toa, todo mundo está se virando como pode. Uma vez até agora vi uma mulher com os filhos a tiracolo pedindo esmola. Isso não quer dizer que não haja miséria, ela é patente. A foto acima ilustra bem: no morro, mais à esquerda, casas modernas e grandes dividindo espaço com a favela. Nessa foto não é possível ver, mas a cor dessas casas é cinza, pois foram reconstruídas recentemente. Há uma porção da favela que é toda colorida.
Casa em estilo "gingerbread" defronte ao meu hotel |
Há tantas motos quanto há SUVs. Na grande maioria são táxis. Capacete é algo raro de se ver e estão quase sempre desafivelados. Dizem que há algum tempo o governo tentou tornar obrigatório o uso do equipamento. Não deu certo.
Comunicações parecem funcionar bem e vê-se muitos carros de organismos internacionais e ONGs que trabalham na reconstrução do país. Usar cartões de crédito e de débito aqui não é o problema que foi em Cuba. No lobby do hotel em que estou hospedado pude realizar um saque de minha conta no Banco do Brasil de Miami sem o menor problema.
Já fui a um supermercado nesta região - há vários deles - e não há escassez de qualquer coisa.
Perdi minha virgindade com relação a malas perdidas. Desde que comecei a viajar por esse mundão, no longínquo 1995, isso nunca tinha acontecido comigo. Uma de minhas malas não chegou, mas a American Airlines, que presta um servicinho horroroso nas linhas entre o Brasil e os EUA e o Caribe, com aviões velhos e staff de segunda linha, encontrou a mala e a enviou no voo seguinte. Só não entregaram no Hotel, o que seria normal.
Bem, essas são as primeiras impressões. Mais em breve, pois ficarei por aqui mais 93 dias.
Inté.
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