Cuba
No início de agosto fiz uma viagem de uma semana a trabalho, para Cuba e México. O objetivo era instalar equipamentos e engatilhar um plano de centralização de emissão de vistos, mas não vou entrar em detalhes aborrecidos.
A primeira impressão de Cuba não é das melhores. O aeroporto se parece com alguma rodoviária do interior do Brasil, de alguma cidade cujo prefeito não está nem aí. É feinho, feinho.
Até aqui aquela imagem de país decrépito foi-se confirmando.
Embarcamos no veículo da embaixada e lá fomos nós, em direção a Havana. Surpresa: boas e belas estradas. Claro, normalmente as estradas que levam do aeroporto para a cidade são bem cuidadas. Não estou falando de São Paulo...
No caminho, passamos por bairros de periferia que lembram e muito alguns lugares do Brasil, periferias de grandes e pequenas cidades brasileiras. Há uma familiaridade no ar.
Algumas surpresas do caminho: semáforos mais modernos do que os encontrados em muitas cidades brasileiras, incluindo nossa querida capital federal. Com lâmpadas led e contadores de tempo, encontráveis por aqui somente em alguns lugares, são um indício de que o governo local consegue algumas coisas, apesar do famigerado embargo.
O hotel em que nos hospedaríamos, assim como a Embaixada, ficam no bairro Miramar, mais novo e com melhor infraestrutura, e bem distante da Havana Vieja.
O grupo espanhol Meliá tem vários hotéis e resorts no país. Ficamos no Meliá Habana, praticamente localizado defronte ao prédio onde está instalada a Embaixada. Nossa representação não está mal instalada, mas outras embaixadas preferiram casarões antigos - e belíssimos - numa avenida próxima.
Como chegamos no domingo, um colega da embaixada gentilmente nos levou para um almoço e um passeio pela cidade. Já conhecia o potencial turístico, mas não fazia ideia do que iria encontrar. Começamos com um belíssimo almoço num restaurante meio escondido da rua, e com uma varanda de frente para um canal ou braço do mar, não sei dizer.
Excelente comida, ótima cerveja local (Bucanero) e preços arrasadores.
De bucho mais cheio, fomos para o centro histórico de Havana. Aqui, novas surpresas, pois boa parte dos prédios estão muito bem conservados e/ou restaurados. Muitos outros em processo de restauração. Mas ainda outros tantos (muitos) em acentuado estado de degradação. Alguns não escondem o charme do passado, com belíssimos arcos, pórticos e azulejos decorados.
Por todos os lados lojinhas, bares e muitos, muitos turistas. O preço baixo combinado com a "curiosidade" em torno do país, levam hordas de viajantes para o país caribenho.
Os clássicos carrões americanos enchem as ruas. Alguns ainda funcionando como que por milagre, outros impecavelmente mantidos (sabe-se lá como) e/ou restaurados (idem). Em meio a eles, muitos carros russos, chineses, japoneses.
Comenta-se que é muito caro manter um veículo em Cuba. Não há manutenção, pois não há peças (o embargo de novo). Entre resquícios de outros, e áureos tempos, murais e monumentos em homenagem à revolução e seus heróis. Tudo bem que o povo cubano subsista com uma ração minguada e salários miseráveis. O governo controla praticamente todos os negócios e os empregos.
Há negócios particulares, mas ainda são poucos e tem uma dificuldade monstro de se manter devido ao controle aduaneiro que dificulta a importação e, quando ela acontece, dificulta sua liberação.
A cidade de Havana está muito bem cuidada, em vários aspectos. Percebe-se que, apesar dos preços baixos, há uma boa receita aqui advinda do turismo.
Não deixamos de passar por locais famosos como La Bodeguita del Medio e o bar La Floridita, berço do daiquiri, que provamos de pé no balcão, próximos da estátua em homenagem a Ernest Hemingway. Faltou dar uma passadinha no recém-reaberto Sloppy Joe´s. Fica para setembro.
Almoçamos e jantamos em outros bons restaurantes, inclusive o do hotel Meliá.
Os dias de trabalho foram intensos e longos, sem direito a parada para almoço. A internet, mesmo por satélite, é de baixa qualidade, o que tornou nossos trabalhos mais complicados. No fim, deu tudo certo e seguimos aliviados para a Cidade do México, onde teríamos dois dias intensos de trabalho e nada de passeios, a não ser um passeio curto no último dia, para comprar uns souvenires.
A Cidade do México lembra muito a capital paulista. Frio de manhã, chuva intensa à tarde, engarrafamentos a qualquer hora. Ótima infraestrutura e serviços baratos a diferenciam, entretanto, de São Paulo.
A volta, como a ida, teve conexão na Cidade do Panamá. O ótimo duty free alivia e distrai. Com boas lojas e bons preços é quase irresistível. Voltei com um Galaxy Tab 3.
Em setembro, um mês de Havana. Até lá.
A primeira impressão de Cuba não é das melhores. O aeroporto se parece com alguma rodoviária do interior do Brasil, de alguma cidade cujo prefeito não está nem aí. É feinho, feinho.
Até aqui aquela imagem de país decrépito foi-se confirmando.
Embarcamos no veículo da embaixada e lá fomos nós, em direção a Havana. Surpresa: boas e belas estradas. Claro, normalmente as estradas que levam do aeroporto para a cidade são bem cuidadas. Não estou falando de São Paulo...
No caminho, passamos por bairros de periferia que lembram e muito alguns lugares do Brasil, periferias de grandes e pequenas cidades brasileiras. Há uma familiaridade no ar.
Algumas surpresas do caminho: semáforos mais modernos do que os encontrados em muitas cidades brasileiras, incluindo nossa querida capital federal. Com lâmpadas led e contadores de tempo, encontráveis por aqui somente em alguns lugares, são um indício de que o governo local consegue algumas coisas, apesar do famigerado embargo.
O hotel em que nos hospedaríamos, assim como a Embaixada, ficam no bairro Miramar, mais novo e com melhor infraestrutura, e bem distante da Havana Vieja.
O grupo espanhol Meliá tem vários hotéis e resorts no país. Ficamos no Meliá Habana, praticamente localizado defronte ao prédio onde está instalada a Embaixada. Nossa representação não está mal instalada, mas outras embaixadas preferiram casarões antigos - e belíssimos - numa avenida próxima.
Como chegamos no domingo, um colega da embaixada gentilmente nos levou para um almoço e um passeio pela cidade. Já conhecia o potencial turístico, mas não fazia ideia do que iria encontrar. Começamos com um belíssimo almoço num restaurante meio escondido da rua, e com uma varanda de frente para um canal ou braço do mar, não sei dizer.
Excelente comida, ótima cerveja local (Bucanero) e preços arrasadores.
Lagosta a 60 pilas o prato? Yes, please. |
Por todos os lados lojinhas, bares e muitos, muitos turistas. O preço baixo combinado com a "curiosidade" em torno do país, levam hordas de viajantes para o país caribenho.
Os clássicos carrões americanos enchem as ruas. Alguns ainda funcionando como que por milagre, outros impecavelmente mantidos (sabe-se lá como) e/ou restaurados (idem). Em meio a eles, muitos carros russos, chineses, japoneses.
Comenta-se que é muito caro manter um veículo em Cuba. Não há manutenção, pois não há peças (o embargo de novo). Entre resquícios de outros, e áureos tempos, murais e monumentos em homenagem à revolução e seus heróis. Tudo bem que o povo cubano subsista com uma ração minguada e salários miseráveis. O governo controla praticamente todos os negócios e os empregos.
Há negócios particulares, mas ainda são poucos e tem uma dificuldade monstro de se manter devido ao controle aduaneiro que dificulta a importação e, quando ela acontece, dificulta sua liberação.
Fim de tarde no Malecón |
Não deixamos de passar por locais famosos como La Bodeguita del Medio e o bar La Floridita, berço do daiquiri, que provamos de pé no balcão, próximos da estátua em homenagem a Ernest Hemingway. Faltou dar uma passadinha no recém-reaberto Sloppy Joe´s. Fica para setembro.
Ernie dá as boas vindas no balcão do La Floridita, o berço do Daiquiri. |
Os dias de trabalho foram intensos e longos, sem direito a parada para almoço. A internet, mesmo por satélite, é de baixa qualidade, o que tornou nossos trabalhos mais complicados. No fim, deu tudo certo e seguimos aliviados para a Cidade do México, onde teríamos dois dias intensos de trabalho e nada de passeios, a não ser um passeio curto no último dia, para comprar uns souvenires.
A Cidade do México lembra muito a capital paulista. Frio de manhã, chuva intensa à tarde, engarrafamentos a qualquer hora. Ótima infraestrutura e serviços baratos a diferenciam, entretanto, de São Paulo.
A volta, como a ida, teve conexão na Cidade do Panamá. O ótimo duty free alivia e distrai. Com boas lojas e bons preços é quase irresistível. Voltei com um Galaxy Tab 3.
Em setembro, um mês de Havana. Até lá.
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