Rio

Diz a música do Planet Hemp: "Rio/Cidade desespero/A vida é boa/Mas só vive aqui quem não tem medo..." O Planet cantava isso nos anos 90, quando a violência imperava e corria solta na Cidade Maravilhosa.
Nossa rápida passagem por lá no começo deste mês serviu para várias coisas. Primeiro para entendermos de uma vez por todas a geografia confusa da cidade, ou pelo menos para ter uma ideia mais clara dela. Pode não ser confusa para quem está acostumado ao Rio, mas para aqueles "de fora", que só viram a cidade em fotos, entender o Rio é um bocado complicado. Meu irmão é ótimo para essas coisas. Tem excelente memória e descobre muita coisa escondida. Foi assim quando ele me explicou, nos idos de 1993, como funcionava Brasília. No Rio foi parecido. Depois das aulas de geografia e história, bastou subir o Corcovado e o Pão de Açúcar para entender definitivamente a matéria. Esses passeios são caros, mas são obrigatórios.
A viagem serviu também para desmistificar (um pouco) a ideia de cidade violenta. Bem verdade que ficamos só na Zona Sul e lá a vida é mesmo mais tranquila. A violência latente de cidade grande ainda existe, isso não tem como mudar, mas sente-se no ar que as pessoas se sentem mais seguras. Zona Norte, pelo que soube, é outro papo.
Nossa "base" era o Leblon, com suas ruas arborizadas, bom comércio, praia logo ali, Morro Dois Irmãos logo ali, Lagoa logo ali, botequins, delicatessens, restaurantes e teatros logo ali. Chinelão é quase uniforme.
Tivemos tempo bom todos os dias, mesmo no dia em que uma tempestade se abateu sobre a cidade de madrugada, deixando as calçadas cobertas de areia e vários bairros sem eletricidade.
E é como dizem: a cidade realmente é muito bonita. Cheia de curiosidades por todos os lados, botequins centenários (ou quase) cada um com sua especialidade.
Interior do famoso Chico e Alaíde, no Leblon
O Choquinho de camarão é um dos carros-chefes da casa
Fizemos alguns passeios básicos e obrigatórios: Corcovado, Pão de Açúcar e Jardim Botânico.
Arcos da Lapa
Nesses últimos dá para passar muuuuuito tempo. O Jardim Botânico é lindo e muito agradável. Lugar ideal para se ir com calma e tempo, andar bastante entre as árvores, respirar fundo o delicioso e refrescante ar, sentar-se por ali e calanguear um pouco.

















A vista do alto do Corcovado é também incrível. Chato são os pangarés fazendo pose com os braços abertos atrapalhando quem quer passar e fotografar também. Mas...isso tem em toda parte e não chega a estragar o passeio.

Eu e a melhor metade, de chapéu surrupiado
A subida, pelo antigo trenzinho, de cerca de 20 minutos só é atrapalhada, na minha opinião, pelos sambistas que sobem no trem quase lá em cima. A gringaiada acha o máximo, eu poderia passar sem e não é por não gostar de samba, gosto, mas porque a subida é tão bucólica que não mereceria ser atrapalhada pelo barulho. A subida custa R$ 42,00 e dura cerca de vinte minutos. Não faça a subida de carro. O trenzinho é divertido.
É braços para cima, braços para os lados
É difícil escolher para que lado olhar e o que fotografar primeiro. Tudo é muito bonito visto lá de cima.
O Pão-de-Açúcar e seu irmão, o morro da Urca, escondem trilhas e locais onde se pode sentar e passar horas agradabilíssimas sob a cobertura das árvores, apreciando a nada menos que fantástica vista. Vale todos os R$ 53,00 pedidos pela subida.
A primeira parada é o Morro da Urca.

O primeiro bondinho

O último antes do atual. Fred e Bia não escaparam.
Este aí acima é o bondinho que aparece no filme do...Bond. Sim, aquele em que ele luta, quase cai, faz todas as estripulias que já se espera do grande espião.
No Morro da Urca há casa de shows, restaurantes, cafés, lojas de souvenires e uma pequena galeria, onde se pode ver mais alguns componentes do maquinário que um dia trouxe e levou os bondinhos para cima e para baixo.



















Embarcando no segundo bondinho é que chega-se, finalmente, ao Pão de Açúcar.
O resto fica para outro post.

Comentários

Pat disse…
As fotos estão massa! Nice!!!

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