Em Paris.

Pozinho.
Se você leu sobre a viagem lá no VW-Borges, sabe que cheguei um pouco cansado, mas bem. A viagem foi até tranquila e cansei menos do que o esperado. O calor é o que mais atrapalha. E faz calor pra danar aqui. Toda vez que venho para cá (da última vez até a Becky passou mal) é a mesma coisa: levo dias para me acostumar. Enquanto isso, 3 a 5 banhos por dia. Só assim. Entre rever os parentes e os amigos, comidinhas da mamãe e quentes noites de sono, fui curtindo o que pude.
Parada obrigatória é o Bar do Beto, oficialmente chamado Bocha´s Bar. Não tem jeito. É Bar do Beto mesmo. O lugar é tradicional na cidade, desde os tempos em que o Seu Cardoso era o proprietário. Infelizmente, a bocha que dá nome hoje, e que durante décadas foi ponto de encontro na cidade, vai ser desmanchada. Pirapozinho está gradativamente perdendo sua identidade. As charmosas casinhas construídas nos anos 40, 50, estão dando lugar a prédios mistos de comércio e apartamentos, feios e sem a menor personalidade. Mas quem compra os terrenos ou imóveis, não está nem aí para isso. A primeira onda de transformação grande veio com as grandes remessas de dinheiro do Japão. Negócios floresceram e edifícios foram aumentados, ampliados. Virou tendência. Tudo quanto era prédio antigo tinha que ser aumentado e os novos tinham que nascer grandes, empurrando as antigas construções para o esquecimento. Ótimo para a cidade. Péssimo para a cidade. A casona dos Padovan, numa esquina central, não resistiu, assim como muitos outros imóveis cidade afora. As antigas casinhas de madeira quase não existem mais. Foram substituídas por casas de alvenaria que parecem saídas de linhas de montagem, tal a semelhança entre elas. Quem tem mais grana constrói casas gigantescas, de dois andares que ocupam o terreno todo. Meu amigo Laerte foi um dos que fizeram isso, mas a dele tem um projeto bem particular e original  com a casa alinhada à esquina, em L, protegendo a área interna.  O resto é mais do mesmo.
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Beto aproveita minhas visitas para escapadelas da cidade. Da primeira vez levou-me a um pesqueiro muito pitoresco, bem pertinho da cidade. Desta vez, fomos e outro. Tomando a velha conhecida, mas bastante modificada - estradinha da Boa Vista, rumamos em direção a Presidente Prudente. A estradinha, antes estreita e ruinzinha, está mais larga e cascalhada. Passamos pelo odioso curtume e finalmente chegamos ao pesqueiro, para almoçar. O lugar é muito agradável e, pelo número de mesas, deve servir muita gente nos fins de semana. O proprietário faz, de vez em quando, porco no rolete, o que suponho deve atrair multidões.

Algumas cervejas, um delicioso almoço e muita conversa depois, tomamos o caminho de volta, pois Betão tem que voltar para o trampo.
Permitam-me colocar uma foto da Igreja Matriz da cidade, pois acabou sendo a única foto "urbana" que tirei  na viagem.

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