Buenos Aires, conclusão
First things first. Nós gostamos de Buenos Aires. A cidade é agradável, apesar do calor, fácil de andar pois é plana.
BsAs é hoje uma cidade cara. O câmbio oficial - e os índices de inflação - são mantidos artificialmente pelo governo de Cristina Kirchner, prática condenada pela comunidade mundial e que o país já foi instado a abandonar. A realidade das ruas é bem mais dura. Dólares, euros e reais são disputados ferrenhamente. O excesso de restrições às importações prejudica sobremaneira o comércio e a indústria locais. Uma refeição simples pode bater na casa de R$ 100,00 para duas pessoas. Facilmente batível em relação custo-benefício em qualquer lugar do Brasil. Mas e as compras? Não vimos grandes diferenças de preços em relação ao Brasil. Por outro lado não pesquisamos em áreas consideradas de comércio mais barato, nos ativemos apenas à Calle Florida e suas imediações. De qualquer forma, a viagem saiu muito mais cara do que havíamos planejado.
Os duty frees do país, entretanto, tem o ótimo hábito de vender produtos a preços de Estados Unidos, ou próximos deles, pelo menos.
A cidade sofre com uma certa insegurança. Exemplo: em restaurantes, somos instruídos pelos garçons a não deixar carteiras ou celulares sobre a mesa. Os trens do Subte, em dias úteis, são locais preferidos por batedores de carteira, que usam de métodos elaborados e raramente agem sozinhos. Bairros como a Boca são recomendáveis para turistas desde que não se saia das proximidades do Caminito. O mesmo vale para as redondezas da Bombonera. A área da estação de trem foi revitalizada, exceto em sua parte traseira, onde há uma enorme e - dizem - perigosa favela.
É impressionante que, com todas as maluquices administrativas pelas quais o país passou nas últimas décadas, ainda haja tantos negócios longevos, que sobrevivem pela fama de qualidade de seus serviços/produtos. A maioria desses negócios é de restaurantes como o Chiquilín, a Pizzaria Güerrín e o café El Vesúvio, este já completando 100 anos. Andando pelo Microcentro é possível encontrar muitos cafés e restaurantes abertos nos anos 30, por exemplo. Difícil errar com qualquer um deles.
É inegável a influência da arquitetura européia na construção da cidade. Em vários bairros é muito fácil imaginar-se numa rua qualquer de Paris. Bairros como Recoleta, Retiro e Palermo são ótimos exemplos disso.
A cidade é razoavelmente limpa - bem limpa em alguns lugares e suja em outros. O Subte, como já disse, pede uma atualização há muito tempo, principalmente porque vai completar 100 anos em 2013. O sistema de ônibus parece eficiente e há táxis em abundância. Vale ressaltar a qualidade do asfalto na maioria das ruas. Nesse quesito temos muito o que aprender.
O famoso Puerto Madero, para mim, tem coisas boas e coisas não tão boas. Honestamente eu não abriria mão de um grande apartamento na Recoleta para morar em PM. O projeto de revitalização das docas do Porto que nunca resolveu muita coisa foi bem executado mas a meu ver apresenta falhas. E o que observei é o mesmo que observo em qualquer empreendimento imobiliário moderno aqui em Brasília: paisagismo em detrimento da arborização. Falta sombra, em outras palavras. Evitamos sair à noite por ali, para comer, pois quase todos os guias indicam ser um local para turistas. Há algumas exceções que podem ser descobertas em sites locais, como o Blog del Gordito, que lista alguns restaurantes que mesmo os locais frequentam na região.
Enfim, BsAs é uma cidade que posso recomendar com segurança. Evite, apenas, em feriados como o Natal ou Ano Novo, quando fica realmente complicado.
E seja um bom turista. Aprenda algumas palavras em espanhol - é simpático e bem-vindo - como "buenos dias" e "gracias". Cumprimentar e agradecer são coisas das quais muitos turistas deixam de praticar em países que visitam. Infelizmente constatei ao longo dos anos e muitas viagens que nós brasileiros somos mestres no assunto. Mesmo que os hermanos porteños insistam em falar portunhol, inicie ou encerre a conversa na língua deles. É simpático e é a coisa certa a fazer.
BsAs é hoje uma cidade cara. O câmbio oficial - e os índices de inflação - são mantidos artificialmente pelo governo de Cristina Kirchner, prática condenada pela comunidade mundial e que o país já foi instado a abandonar. A realidade das ruas é bem mais dura. Dólares, euros e reais são disputados ferrenhamente. O excesso de restrições às importações prejudica sobremaneira o comércio e a indústria locais. Uma refeição simples pode bater na casa de R$ 100,00 para duas pessoas. Facilmente batível em relação custo-benefício em qualquer lugar do Brasil. Mas e as compras? Não vimos grandes diferenças de preços em relação ao Brasil. Por outro lado não pesquisamos em áreas consideradas de comércio mais barato, nos ativemos apenas à Calle Florida e suas imediações. De qualquer forma, a viagem saiu muito mais cara do que havíamos planejado.
Os duty frees do país, entretanto, tem o ótimo hábito de vender produtos a preços de Estados Unidos, ou próximos deles, pelo menos.
A cidade sofre com uma certa insegurança. Exemplo: em restaurantes, somos instruídos pelos garçons a não deixar carteiras ou celulares sobre a mesa. Os trens do Subte, em dias úteis, são locais preferidos por batedores de carteira, que usam de métodos elaborados e raramente agem sozinhos. Bairros como a Boca são recomendáveis para turistas desde que não se saia das proximidades do Caminito. O mesmo vale para as redondezas da Bombonera. A área da estação de trem foi revitalizada, exceto em sua parte traseira, onde há uma enorme e - dizem - perigosa favela.
É impressionante que, com todas as maluquices administrativas pelas quais o país passou nas últimas décadas, ainda haja tantos negócios longevos, que sobrevivem pela fama de qualidade de seus serviços/produtos. A maioria desses negócios é de restaurantes como o Chiquilín, a Pizzaria Güerrín e o café El Vesúvio, este já completando 100 anos. Andando pelo Microcentro é possível encontrar muitos cafés e restaurantes abertos nos anos 30, por exemplo. Difícil errar com qualquer um deles.
É inegável a influência da arquitetura européia na construção da cidade. Em vários bairros é muito fácil imaginar-se numa rua qualquer de Paris. Bairros como Recoleta, Retiro e Palermo são ótimos exemplos disso.
A cidade é razoavelmente limpa - bem limpa em alguns lugares e suja em outros. O Subte, como já disse, pede uma atualização há muito tempo, principalmente porque vai completar 100 anos em 2013. O sistema de ônibus parece eficiente e há táxis em abundância. Vale ressaltar a qualidade do asfalto na maioria das ruas. Nesse quesito temos muito o que aprender.
O famoso Puerto Madero, para mim, tem coisas boas e coisas não tão boas. Honestamente eu não abriria mão de um grande apartamento na Recoleta para morar em PM. O projeto de revitalização das docas do Porto que nunca resolveu muita coisa foi bem executado mas a meu ver apresenta falhas. E o que observei é o mesmo que observo em qualquer empreendimento imobiliário moderno aqui em Brasília: paisagismo em detrimento da arborização. Falta sombra, em outras palavras. Evitamos sair à noite por ali, para comer, pois quase todos os guias indicam ser um local para turistas. Há algumas exceções que podem ser descobertas em sites locais, como o Blog del Gordito, que lista alguns restaurantes que mesmo os locais frequentam na região.
Enfim, BsAs é uma cidade que posso recomendar com segurança. Evite, apenas, em feriados como o Natal ou Ano Novo, quando fica realmente complicado.
E seja um bom turista. Aprenda algumas palavras em espanhol - é simpático e bem-vindo - como "buenos dias" e "gracias". Cumprimentar e agradecer são coisas das quais muitos turistas deixam de praticar em países que visitam. Infelizmente constatei ao longo dos anos e muitas viagens que nós brasileiros somos mestres no assunto. Mesmo que os hermanos porteños insistam em falar portunhol, inicie ou encerre a conversa na língua deles. É simpático e é a coisa certa a fazer.
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