Buenos Aires, pt. 3

Um  pouco descansados, bolamos um programa mais leve, afinal é domingo e aniversário da Bia. Depois do café, tomamos o metrô, aqui chamado de Subte, de "subterrâneo". O Subte completará 100 anos em 2013 e, honestamente, nota-se. As linhas de transmissão são aéreas, as estações sujas e mal-conservadas, assim como os trens. A passagem custa ARS 2,50. Mais barato que o de Brasília. Descemos na Plaza Italia, em Palermo. Caminhamos ao longo do zoológico, em direção ao Jardim Japonês.






Os dias estão surpreendentemente amenos. Faz calor, mas não o calor e a umidade que esperávamos. Tínhamos decidido fazer a pé o caminho que o ônibus fez ontem.  Tomamos a Avenida del Libertador e fomos nos embasbacando com os lindos edifícios  de apartamentos e a calçada larga e arborizada, em direção à Recoleta. Ao chegar, demos uma conferida na feirinha de artesanato e decidimos parar para descansar e comer alguma coisa. Escolhemos o agradável La Biela - recomendado pelo meu irmão - e nos sentamos sob um para-sol, à sombra de uma imensa figueira.




A cerveja (chopp) aqui é servida em canecas de cerâmica e o sanduíche de filé é gigantesco. O interior do café é tão agradável quanto o exterior.


Em seguida visitamos a Igreja de Nossa Senhora de Pilar e o cemitério da Recoleta. Não, não visitamos o túmulo da Evita. Tomamos um táxi e, cozidos, voltamos para o hotel para descansar.






À noite fomos levados a um antigo teatro transformado em casa de shows, para assistir a um dos muitos shows de tango apresentados na cidade. O jantar estava incluído. Adianto duas coisas sobre esse evento: uma parte, a do show, é ótima. A outra é pura empurração para turista. Nos fazem entrar e, de cara, sugerem que tiremos fotografia com dançarinos do show, fazendo pose. Passo. Daí o caminho para dentro do salão passa, bizarramente, por uma lojinha de souvenires, que oferecem desde bebidas (poucas delas típicas), produtos "da casa" como canecas, DVDs, CD, camisetas e até bizarrices que não tem nada a ver com nada, como bonés da Yamaha MotoGP (???). O jantar incluía bebidas até as onze da noite e não estava lá essas coisas. O show em si foi bacana, com excelentes músicos e dançarinos, intercalados com canções - sempre tudo ao vivo, nada de playbacks. Teve também dois blocos alternativos com músicas e danças mais típicas, com tambores e boleadeiras e música andina com zampoñas e afins. Ponto forçação de barra do show: versão em espanhol para "My Way" e "No Llores Por Mi, Argentina", com a cantora toda de branco numa sacadinha falsa à beira do palco. Já entendi, vocês adoram a Evita. Ambos os cantores donos de potentes vozes, mas os microfones altos demais acabavam por incomodar. O show foi um bocado longo e já não víamos a hora de acabar. Na saída todo mundo passando pela lojinha de novo e mais uma oferta de fotos com os artistas, todos perfilados no saguão para os agradecimentos finais. Bacana. Este sim, um toque simpático.

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