Música
Não esperem análises profundas, música por música, dos discos que tenho para indicar e comentar. Não estou com saco e nem ouvi direito nenhum deles.
Primeirão vem o disco novo da gracinha Norah Jones. A cada disco eu gosto mais dela, que não tem medo de mudar completamente e deixar a crítica doidinha porque a cada rótulo criado, ela vem e muda tudo, deixando os críticos com cara de pateta. Ei-lo:
Com produção de Danger Mouse o disco tem um quê modernoso, sem ser eletrônico puro. O desvencilhamento da Handsome Band já no disco anterior deu a Jones a liberdade criativa de que ela precisava. Sua música ainda é um bocado intimista, mas ela não pode mais ser encaixada no estereótipo de "cantora de jazz". Que bom! Norah é ótima e isso transparece em cada uma das faixas do novo álbum. A capa de "cartoon" também ficou muito bacana.
Não é de hoje que eu venho ouvindo artistas que tem a música country como influência. Vem lá de trás com Kathleen Edwards, cujo novo disco, "Voyageur" ainda não ouvi suficiente sequer para mencioná-lo aqui. Ou até mesmo antes disso com J.J. Cale, que não nega a influência e a usa onde e sempre que pode. Pois bem. Lendo matérias aqui e ali, topei com os Jayhawks. Hank Williams on speed, como já foram chamados, seu som passeia numa sonoridade de raízes, sem se fincar em rock, blues ou country, mas extraindo boas doses de cada um desses estilos.
Essa antologia é um excelente ponto de partida para compreender um pouco da obra dessa excelente banda de Minneapolis. O espectro, em vinte músicas, é amplo, e conta com pérolas como "Two Angels", "Blue" e "Save It For a Rainy Day". A versão que adquiri é a de disco simples, sem os extras de estúdio e versões alternativas, essa uma edição dupla. Vale muito a pena partir desse disco para o descobrimento do restante de sua discografia.
Outro artista com influências do estilo é Dave Alvin. Co-fundador do The Blasters, construiu sólida carreira solo. O som é essencialmente californiano, rock´n´roll, com pitadas fortes de blues e country. Sua voz grave e marcante complementa a guitarra apimentada, podendo ser classificada - se é que queremos mesmo fazê-lo - como música americana.
"Eleven Eleven" é seu mais recente trabalho. Destaque para as faixas "Johnny Ace is Dead" e "Murrietta´s Head". Álbum delicioso de se ouvir parado, de carro, com o som no máximo ou só como música de fundo. Altamente recomendado.
Existem aqueles artistas que, vindo de carreiras sólidas, mas sem destaque, de repente se veem com um hit mundial. Ao não emendarem outro deixam a impressão de terem caído no ostracismo, quando na verdade eles simplesmente retomaram suas carreiras como se aquele hit fosse apenas mais um acontecimento. Muitos lidam muito bem com isso. Entre esses artistas está, definitivamente, Joan Osborne. Depois da bela, mas irritante "One of Us", pareceu ao público geral que ela caíra no esquecimento. Nada disso. Joan simplesmente continuou cantando, gravando, cuidando de sua vida. Aqui ela faz o indefectível disco de influências, que não deve ser desmerecido por isso. Osborne sabe o que faz e o que ela fez aqui foi um tremendo disco com influências de blues e soul, para ser ouvido em alto e bom som.
Esse disco traz material próprio misturado com pérolas de Ike Turner, Sonny Boy Williamson, Ray Charles, Al Green e John Mayall, entre outros.
R-E-C-O-M-E-N-D-O.
Primeirão vem o disco novo da gracinha Norah Jones. A cada disco eu gosto mais dela, que não tem medo de mudar completamente e deixar a crítica doidinha porque a cada rótulo criado, ela vem e muda tudo, deixando os críticos com cara de pateta. Ei-lo:
Com produção de Danger Mouse o disco tem um quê modernoso, sem ser eletrônico puro. O desvencilhamento da Handsome Band já no disco anterior deu a Jones a liberdade criativa de que ela precisava. Sua música ainda é um bocado intimista, mas ela não pode mais ser encaixada no estereótipo de "cantora de jazz". Que bom! Norah é ótima e isso transparece em cada uma das faixas do novo álbum. A capa de "cartoon" também ficou muito bacana.
Não é de hoje que eu venho ouvindo artistas que tem a música country como influência. Vem lá de trás com Kathleen Edwards, cujo novo disco, "Voyageur" ainda não ouvi suficiente sequer para mencioná-lo aqui. Ou até mesmo antes disso com J.J. Cale, que não nega a influência e a usa onde e sempre que pode. Pois bem. Lendo matérias aqui e ali, topei com os Jayhawks. Hank Williams on speed, como já foram chamados, seu som passeia numa sonoridade de raízes, sem se fincar em rock, blues ou country, mas extraindo boas doses de cada um desses estilos.
Essa antologia é um excelente ponto de partida para compreender um pouco da obra dessa excelente banda de Minneapolis. O espectro, em vinte músicas, é amplo, e conta com pérolas como "Two Angels", "Blue" e "Save It For a Rainy Day". A versão que adquiri é a de disco simples, sem os extras de estúdio e versões alternativas, essa uma edição dupla. Vale muito a pena partir desse disco para o descobrimento do restante de sua discografia.
Outro artista com influências do estilo é Dave Alvin. Co-fundador do The Blasters, construiu sólida carreira solo. O som é essencialmente californiano, rock´n´roll, com pitadas fortes de blues e country. Sua voz grave e marcante complementa a guitarra apimentada, podendo ser classificada - se é que queremos mesmo fazê-lo - como música americana.
"Eleven Eleven" é seu mais recente trabalho. Destaque para as faixas "Johnny Ace is Dead" e "Murrietta´s Head". Álbum delicioso de se ouvir parado, de carro, com o som no máximo ou só como música de fundo. Altamente recomendado.
Existem aqueles artistas que, vindo de carreiras sólidas, mas sem destaque, de repente se veem com um hit mundial. Ao não emendarem outro deixam a impressão de terem caído no ostracismo, quando na verdade eles simplesmente retomaram suas carreiras como se aquele hit fosse apenas mais um acontecimento. Muitos lidam muito bem com isso. Entre esses artistas está, definitivamente, Joan Osborne. Depois da bela, mas irritante "One of Us", pareceu ao público geral que ela caíra no esquecimento. Nada disso. Joan simplesmente continuou cantando, gravando, cuidando de sua vida. Aqui ela faz o indefectível disco de influências, que não deve ser desmerecido por isso. Osborne sabe o que faz e o que ela fez aqui foi um tremendo disco com influências de blues e soul, para ser ouvido em alto e bom som.
Esse disco traz material próprio misturado com pérolas de Ike Turner, Sonny Boy Williamson, Ray Charles, Al Green e John Mayall, entre outros.
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