On the road again - 11 de junho

Fiz um monte de coisa errada hoje. Cedinho, à guisa de café da manhã mandei para dentro um pedaço de pizza e uma garrafinha de Alpino. Lá pelas 6:30 entrei na rodovia. Confesso que estava ansioso. O tempo estava bom, confirmando a previsão para a segunda-feira. Não senti muito frio, mas segui com as luvas impermeáveis e com o forro da jaqueta, pois sabia que lá no alto da serra o bicho ia pegar.
Não sei exatamente por onde saí, mas acabei pegando um pedágio só, de 4 pilas. A estrada estava relativamente vazia, o sol deu as caras e o ânimo estava elevado.
Acatei a dica do taxista e toquei para Nova Friburgo. E a ideia até que não foi de todo má. A RJ 116 é pedagiada, mas motos não pagam e tem pavimentação boa. Peguei um bocado de trânsito por aqui, mas nada impossível. O chato é o monte de lugarejos que a gente acaba por ter que cruzar. O tempo enfeiou à medida em que subia a serra em direção a Teresópolis. A pista molhada me fez segurar a onda. Mas foi possível manter um bom ritmo. Passar por Teresópolis vindo de Nova Friburgo foi ainda mais fácil do que na ida, pois dei a volta na cidade e acabei na estradinha para Itaipava, direto. 

Entre Teresópolis e Itaipava foi super tranquilo.


Achei que estava fazendo um super-tempo, quando me toquei que já eram quase 11 da manhã. Rapidinho cheguei à 040, com sol, o que me animou a simplesmente entrar na rodovia e mandar ver.
BH estava a bons 300 quilômetros de distância e decidi fazer o tempo render. Bia não gostou, porque não mandei nenhuma mensagem até que parei perto de Barbacena.
Com isso, parei pouco e me cansei um bocado, pois apesar do bom tempo, como dá para ver na foto acima, ventava pra cacete. Surprise, surprise, o trecho entre Congonhas e BH foi tenso, intenso, cansativo, poeirento e frio. Apenas uma retenção no anel viário todo e rapidinho eu estava em estrada aberta. Antes de entrar no anel, fui obrigado a fazer uma parada para limpar a viseira do capacete, coberta de insetos e poeira.
Caetanópolis a cerca de 90 quilômetros e minhas mãos, braços, punhos, nuca e lombar ardem. Estou quase decidido a pegar mais leve amanhã, afinal são "só" 600 quilômetros. A Branca, aliás, fez 25 km/l na primeira  metade da viagem e se comportou muitíssimo bem. Que moto! A suspensão regulada na posição standard não parece sentir os quase 15 quilos extras. Em umas poucas vezes senti a traseira querer sair, mas porque forcei um pouco. Além disso, chamou atenção em praticamente todas as paradas que fiz. Fiquei chateado apenas com as "cicatrizes" que ela ganhou na viagem. Nada incorrigível, além do mais impossível usar a moto e não querer que ela adquira marcas do tempo.
Ao chegar em Caetanópolis, um pequeno susto: não tinha feito reservas e a moça da recepção disse que não havia quartos disponíveis. Quase no mesmo instante ela disse ter havido um cancelamento. Respirei aliviado. Mais tarde, entretanto, ao percorrer o corredor notei vários quartos vazios. Não sei se ela quis valorizar, se estava me sacaneando ou se estava mesmo cheio. Jantei, regulei e lubrifiquei a corrente da moto, rearranjei a bagagem e cama. Estou ansioso por chegar em casa, matar as saudades da minha adorada cara-metade. Senti muita falta da Bia nesta viagem. Acho que não sei mais viajar de férias sem ela.

Comentários

Postagens mais visitadas