Day 3

Feriado. O dia amanheceu quente e com nesgas de sol. Está difícil usar qualquer roupa, tudo úmido e cheirando a mofo. Após o café da manhã - até agora a única coisa realmente boa a respeito da pousada - saí em direção à praia. Na ciclovia, fiéis preparavam os tapetes para a procissão de mais tarde.
O material que eles trabalham aqui é o sal. Fui até o píer para algumas fotos:


Continuei pela orla rumo sul, em direção ao centro da cidade. Muitos barzinhos e quiosques sugerem uma vida praiana agitada. Os quiosques de praia, de arquitetura meio datada, já estão precisando de reformas urgentes. Há muita pichação nas ruas, muros, prédios, o que dá um certo desapontamento. Há vários mirantes, áreas de proteção ambiental e informações turísticas. 


Fui seguindo em direção ao centro. Assim eu imaginei. A cidade, cortada pelo Rio das Ostras, tem uma distribuição estranha e me vi várias vezes em locais desertos, com bairros ainda em desenvolvimento. Cheguei finalmente à praça São Pedro, onde ocorreria o primeiro show do dia, do saxofonista Gabriel Leite. Há uma concha acústica na praça, com um anfiteatro.
Tudo muito bom, até a chuva começar a empatar a vida. Após o show, perambulei um pouco por ali. A ideia era esperar até as 17 horas pelo show do Mike Stern, no palco da praia da Tartaruga, dali a quatro horas. Chuva e muito tempo de espera. Chequei o programa e vi que o show se repetiria no palco principal no dia seguinte. Deixei para lá e resolvi matar o resto da tarde na pousada.
À noite fui decidido a assistir todos os shows. A chuva tinha outros planos. Horas depois, me dei por vencido. Comprei uma camiseta, um CD e me pus a caminho de volta pro hotel. 

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