iTunes finalmente?

A Apple acaba de anunciar que está fechando parcerias com gravadoras para a venda de seus catálogos on-line. Antes tarde do que mais tarde. Mas tenho a impressão de que a coisa vem meio cruel.
Nos Estados Unidos, as músicas são vendidas individualmente por USD 0.99. Na Europa, o preço é de EURO 0,99. Com extensos catálogos à disposição, os europeus pagam mais caro.
Quando foi anunciado pela primeira vez, há 4 ou 5 anos, especulou-se que o preço seria de cerca de R$ 2,00 por música, no Brasil.  Na verdade, não é caro, se o disco completo sair por menos de R$ 20,00. Se não houver vantagem no preço a coisa não vai para a frente. Há que se ter variedade. Sobretudo se levarmos em consideração que por aqui não existe exatamente punição para quem baixa coisas da internet, digamos, pela porta de trás. Na Holanda eu tinha acesso a catálogos que disponibilizavam músicas difíceis de serem encontradas até mesmo no Brasil, como Tião Carreiro e Pardinho.
Acho bom esclarecer que não sou de baixar coisas "de graça" da internet. Dependendo do catálogo e dos preços, vou continuar a fazê-lo no Brasil 
Acho bacana, mudando um pouco de assunto, quando artistas disponibilizam suas músicas na internet, de graça ou não. Os que disponibilizam de graça e me agradam, faço questão de divulgar. Um dos melhores exemplos de bandas que não têm medo da internet é o Gov't Mule.Eles põem à venda no site, para download e aquisição de CDs e LPs, toda a discografia de estúdio, além de praticamente todos os shows que fazem mundo afora. Exemplo a ser seguido.
Outra prática que tem se tornado comum diz respeito aos vinis. O vinil voltou. E voltou caro. Pelo menos no Brasil. E há uma boa parcela do consumidor dessa mídia que não é avessa a modernidades como o iPod. Para esses alguns artistas/gravadoras passaram a incluir um e-voucher na compra do vinil. Esse e-voucher permite um download gratuito do conteúdo do álbum, não raro com faixas extras. Dessa forma tem-se o melhor dos dois mundos, sem a necessidade de ter que se buscar um serviço de digitalização. A princípio julgava-se, equivocadamente, que o consumidor de vinil não se importava com modernices como a música digital ou a possibilidade de poder levar sua música para qualquer lugar. Agora pode. E, se depender da Apple, vamos poder ainda mais.

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