De trás para a frente

Há pouco menos de um ano o Borges, meu Fusca 78, voltou para Brasília. Em ótimo estado geral, mas pedindo umas sessões de "nip/tuck". Dizer que restaurar um Fusca sai barato não é totalmente equivocado. Entretanto, vivemos dias em que ter um carro antigo pode ser algo muito bacana. Principalmente se esse carro estiver bem cuidado, originalzinho, etc. Bem, o meu está. Quase. Como já disse neste espaço, mecanica e estruturalmente ele está zerado. Entretanto, no quesito beleza e conservação, ele carrega seus mais de 30 anos de fabricação à flor da pele. O que é necessário fazer? Uma lanternagem completa, incluindo a remoção da pintura original, correção de defeitos na superfície da carroceria e repintura. O interior também precisa ser refeito, mas esse é ainda mais fácil, estando o carro pintado. É possível encontrar a forração original, já cortada, bastando apenas os serviços de um bom capoteiro para colocar tudo no lugar. E a um custo bem razoável. Mas é a lanternagem o problema. Um serviço completo como esse, de boa qualidade, em oficina que disponha de estufa, não sai barato. E pior, depois de pronto, frisos, borrachas e outros acabamentos acabam tendo que também ser trocados. Fica aquela vontade de fazer o serviço logo, de deixar o carro como eu quero. Mas com a aquisição da Branca em dezembro do ano passado, o Borges teve que esperar. E vai esperar ainda mais um pouco.
Para espantar a frustração de não sair da estaca zero, decidi fazer coisas que não dependam da cirurgia plástica. Estou levantando preços e opções para reformar o estofamento do carro. Os assentos que tenho nele hoje vieram de um Opala antigo. Ainda estão em bom estado, mas não são originais. Os cintos de segurança precisam ser trocados. E o rádio/toca-fitas começou a dar tilt. Resolvi começar por aí. Adquiri um rádio sem CD player, mas que aceita mídias digitais como pendrives e iPods. Toca MP3, WMA e outros formatos. A vantagem é não ter que carregar CDs ou fitas, bastando apenas um pendrive bem sortido de música. Ou um iPod de, digamos, uns 32Gb...
Busquei conselho com um instalador. Expus o que eu queria: som de qualidade sem necessidade de potência absurda. Não ligo som de carro para a vizinhança ouvir e muito menos para chamar a atenção dos amigos do alheio. Essa foi a premissa. O conselho foi a instalação de um par de quadraxiais Pioneer no tampão traseiro, devidamente instalado por baixo, para não aparecer e um kit duas vias Selenium na frente.
Abaixo, os painéis das portas sendo preparados para receber o duas vias.

Ficou ótimo, devo dizer. Ainda preciso pintar as tampas protetoras do kit frontal, para que não chamem muita atenção. Falta agora resolver um pequeno problema elétrico - nada demais - que impede que o rádio funcione com o carro em marcha lenta ou com o motor desligado. A recuperação começou. De trás para a frente.

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