Post Musical

Já que ainda estou no embalo do show de ontem, permitam-me dar uma pequena introdução aos discos que tenho ouvido ultimamente. Começamos pelo mais recente lançamento do meninos do Cake:
O estilo permanece o mesmo, um pop refinado, cheio de humor às vezes sutil, às vezes bem ácido. A marca registrada Cake está ali, com os vocais quase monocórdicos de John McRea, guitarras inteligentes e doses por vezes nada homeopáticas de trompete. São quase vinte anos de estrada e como todo banda longeva, largas doses da receita de sucesso. Nada a reclamar aqui.
The Baseball Project:
Steve Wynn, Scott McCaughey, Linda Pitmon e Peter Buck - sim, Peter "REM" Buck, se juntam novamente para buscar inspiração musical na história do baseball. Participações especiais de um monte de gente boa fazem deste disco quase country uma audição deliciosamente "laid back", com bons rocks e muita competência.
Booker T. Jones is up next:
Não ouvi intensamente nenhum destes discos, por isso só estou dando esta pequena introdução. Andei ocupado com cinco discos do Rush...Right. Quem já ouviu Booker T. and The MGs já sabe o que encontrar aqui. Muito soul, com participações especiais de Sharon Jones, Lou Reed e outros, muito órgão Hammmond e doses deliciosas de funk. Uma das faixas mais interessantes está sua versão para "Crazy" do Gnarls Barkley e uma de minhas favoritas, "Progress" com Yim Yames, do My Morning Jacket nos vocais. Imperdível. Candidato ao título de melhor disco de soul do ano, na minha humilde opinião.
Este não é muito recente, comprei no Brasil ainda mas tinha ouvido pouco. Trata-se do disco de duetos da adorável Norah Jones. Não, ela não cedeu à fórmula cansada de fazer covers em parceria com outros cantores, só para dar um reforço na carreira. Este disco é, na verdade, a coletânea de Norah Jones de músicas que nunca foram. Bem, tem de tudo, pois essas músicas foram gravadas para os mais variados fins, ao longo da carreira dela, então tem música de tudo quanto é fase, música de filme, música de discos de outros artistas e por aí vai.
Por essas razões, esse disco passa longe de soar hipócrita ou como sinal de carreira sem rumo.
Outros que acabei adquirindo de curiosidade foram:
North Mississippi Allstars
51 Phantom é um grande disco, que recomendo. Tá duvidando, vai ouvir.
Já "Polaris", não é tão bom. Sequer soa como a mesma banda.
Disquinho bem fraco. Mas isso é o que acontece quando se compra no escuro.
Bem, é isso. Vá atrás desses e depois me conta se gostou.

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