Show da donzela

Nunca fui fã de carteirinha do Iron Maiden. Sei várias músicas de cor, mas nunca fui fã fervoroso. Mas quando a banda anunciou novo show em Brasília, pensei "por que não?".
Lá fomos eu e meu irmão mais velho encarar a pancadaria. Se a organização cometeu algum deslize foi com a banda de abertura. O local do show previa uma capacidade máxima de 30 mil pessoas. Venderam cerca de 15 mil ingressos, o que deixou o ambiente do show muito tranquilo. Pais como seus filhos, casais casados e casais de namorados, grupos de amigos, roqueiros solitários, tinha de tudo. E tudo num ambiente de tranquilidade, muito longe da imagem que faz a maioria de um show "metaleiro".  O palco não tinha firulas nem pirotecnias - reservados, provavelmente, para shows bem maiores - e o som era de boa qualidade. Pontuais, os músicos atrasaram só dez minutinhos. Exemplo para aquelas "estrelas" que acham que o pagante tem obrigação de esperar por 30, 40 minutos, às vezes até mais.
O show foi isso mesmo: um show. Competência que só quem tem décadas de estrada consegue angariar. Cantamos, pulamos, berramos, punhos no ar, tudo o que temos direito. Uma peculiaridade chamou atenção, no entanto: o baixista, Steve Harris, não parecia muito bem. Ficou o tempo todo na posição clássica de baixista, lá atrás, junto da bateria. Veio pouquíssimas vezes para a frente do palco, coisa que ele costuma fazer nos shows. Tocando, no entanto, era o velho Harris de sempre. No fim, sentimos que valeram todos os reais cobrados (pagamos meia, por sermos assinantes de um jornal local e por termos pago com cartão Visa) e fomos para casa cansados, mas felizes. Que venham mais shows assim. Rock on!

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