Fuso horário, ou que dia é hoje mesmo?


Meio lugar comum ficar reclamando de fuso horário quando se viaja para muito longe. Hoje me lembro e acho a maior graça dos tempos em que morávamos no Mato Grosso do Sul e viajávamos para a casa de minha avó, no interior de São Paulo, que ficava "uma hora à frente"...Ah, ah, ah.
Digo isso porque estou 11 horas à frente do Brasil. Fuso extremo. O problema disso tudo é que, após dezenas de horas gastas dentro de um avião, outras tantas zanzando em aeroportos, a cabeça entende a diferença, mas o corpo não. O resultado disso foi que dormi demais na primeira noite (e perdi a hora do trabalho), e muito pouco na segunda. Perdi a hora no primeiro dia e perdi o sono no segundo.
Hoje a coisa foi ainda pior, pois consegui dormir, mas fui acordado por um colega à meia-noite. Not cool. Felizmente o tempo anda bom, ainda que um pouco frio.
O Japão é um paraíso de compras para quem quer o mais moderno e recente. Quem procura preço tem que olhar em outro canto. O país tem um custo de vida elevado e a recente crise não ajudou muito. Por aqui ouve-se conversas sobre fechamento de fábrica, gente que está desempregada desde março e por aí afora.

O que mais chama atenção neste país, na minha opinião, é a polidez de seu povo. tem-se a impressão de que o respeito ao próximo é objeto de lei. Nas ruas, mesmo em horário de rush, reina o silêncio. O voo de Paris para Tóquio foi o mais silencioso que me recordo ter feito. Todos entram, encontram seus lugares, colocam suas bagagens e não se tem a impressão de que uma manada de elefantes entrou no avião.
Causou-me estranheza, entretanto, o fato de quase ninguém falar inglês, numa cidade considerada industrial, ainda que estejamos falando de uma cidade do interior. Mas a experidência tem sido muito interessante. Quando eu me acertar com o fuso horário tenho certeza de que aproveitarei melhor. Mas aí já será hora de ir embora...
Acima, o amanhecer em Hamamatsu, da janela do meu hotel.

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