Botecos
Bar. Botequim. Boteco. Pé-sujo. De responsa. Eles existem de todo tipo e tamanho, em todo canto sem exceção. São frequentados por trabalhadores, patrões, gente pobre, rica, intelectuais ou não, de esquerda, centro e direita. Botecos existem desde tempos imemoriais. Em alguns lugares e épocas faziam parte de estalagens. Em outros, essas estalagens eram chamadas "public houses", expressão que mais tarde originou o "pub". Em botecos se bebe, se come, se chora mágoas, fala-se mal da vida alheia, discute-se política, religião (tema este não recomendável) e futebol (menos recomendável ainda, porém inevitável).
Em botecos nasceram idéias para livros, poemas, canções. Partidos foram fundados em bares - donde se supõe que políticos vivam em constante estado de embriaguez. E os nazistas? Loucos ou simplesmente uns bebuns? Bem, não simplifiquemos.
Em bares celebramos datas, a vitória do time do coração. Também afogamos as mágoas e a frustração pela derrota do time do coração. Botecos criam seus próprios mitos e tradições, têm seus seguidores fiéis, frequentadores assíduos, com conta ou sem. Alguns são famosos pela frequência, outros por algum petisco especial e outros pura e simplesmente pela cerveja gelada. O serviço pode tornar um bar famoso ou condená-lo ao fracasso. Garçons viram celebridades no meio e tornam-se figuras folclóricas. Fato é que há até aqueles que não bebem, mas que mesmo assim frequentam algum botequim.
Este post foi escrito na companhia de uma Serramalte, no Gambar (foto), em Brasília.
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