Inspiração: eu quero uma pra viver
Estou com falta de. Cheio de vontade de escrever, mas sem a menor inspiração. Escrever sobre o quê? É a pergunta que tenho feito a mim mesmo nos últimos dias. A coisa piora quando leio outros blogs e vejo textos super bem escritos, engraçados, articulados, etc. Fica aquela sensação de "não sou tão bom assim". Prefiro não ligar. Gosto de escrever, assim como gosto de fotografar (e também não sou tão bom fotógrafo como gostaria). Sabendo que não tenho talento para a literatura, formei-me em tradução. Nunca exerci a profissão, mas sempre tive vontade. Outro dia comecei a ler um livro traduzido por meu ex-professor (será que eles deixam de ser nossos professores algum dia?) e amigo Álvaro. Minha mulher diz que sou suspeito para falar, mas estou adorando a tradução feita por ele. Aí, bate aquela dúvida: será que sou um bom tradutor? Provavelmente não. Falta experiência.
Já escrevi sobre o trânsito, sobre a cidade onde vivo, sobre carnaval. E agora, cúmulo da falta de assunto, escrevo sobre a falta de assunto. Quem nunca viveu uma situação de falta de assunto? Aqueles momentos desagradáveis na sala de estar, na presença do pai da namorada, esperando o que parece ser horas, até que ela apareça pronta para sair. Que assunto puxar com ele? Futebol? Você não gosta tanto de futebol assim. Vamos falar sobre motos? Ele acha que todo motoqueira deveria ser eliminado sem deixar vestígios da face da terra. Tempo? Putz, falar sobre o tempo é coisa para vizinho que só troca bom-dia e para barbeiro. E subir em elevadores? Aquela vizinha que você sabe mora no apartamento de cima, já cruzou com ela no hall várias vezes, de repente toma o elevador com você. E só com você. E o seu andar não chega nunca...
O escritor que senta-se à frente do computador e encara a página em branco é figura carimbada em filmes. Por onde começar? Como começar? Não, não. Preocupe-se com o epílogo quando a hora chegar. Que Deus abençoe os escritores e os proteja nos momentos em que a falta de inspiração lhes bater à porta.
A propósito, o livro que estou lendo chama-se "Cidade de Ladrões", de David Benioff. Recomendo.
Já escrevi sobre o trânsito, sobre a cidade onde vivo, sobre carnaval. E agora, cúmulo da falta de assunto, escrevo sobre a falta de assunto. Quem nunca viveu uma situação de falta de assunto? Aqueles momentos desagradáveis na sala de estar, na presença do pai da namorada, esperando o que parece ser horas, até que ela apareça pronta para sair. Que assunto puxar com ele? Futebol? Você não gosta tanto de futebol assim. Vamos falar sobre motos? Ele acha que todo motoqueira deveria ser eliminado sem deixar vestígios da face da terra. Tempo? Putz, falar sobre o tempo é coisa para vizinho que só troca bom-dia e para barbeiro. E subir em elevadores? Aquela vizinha que você sabe mora no apartamento de cima, já cruzou com ela no hall várias vezes, de repente toma o elevador com você. E só com você. E o seu andar não chega nunca...
O escritor que senta-se à frente do computador e encara a página em branco é figura carimbada em filmes. Por onde começar? Como começar? Não, não. Preocupe-se com o epílogo quando a hora chegar. Que Deus abençoe os escritores e os proteja nos momentos em que a falta de inspiração lhes bater à porta.
A propósito, o livro que estou lendo chama-se "Cidade de Ladrões", de David Benioff. Recomendo.
Comentários
Beijo grande.